quinta-feira, 14 de abril de 2011

I
Que posso esperar? Se aquela última tragada não fui eu quem deu, se aquele último beijo já não era mais meu, você foi embora...
Na tarde escura te vi numa van, apressada, querendo esconder a raiva que sentia por tudo que te fiz passar, mas acredito que ninguém pensou, que ninguém teve a decência de pensar que tudo aquilo iria refletir num futuro bom... Meu amor, meu amor, que falta você vai me fazer? Tudo o que eu fiz, era pra morrer mais cedo...
Mas de certo não aceitaria. Nossa história não era uma coisa corriqueira, essas coisas de amor, meu amor, me assustam. Não sei bem, mas dizem que a convivência enfraquece, cai tudo na rotina, eu nego. Quanto mais passei meus dias ao seu lado, mais me apaixonei por quem eras, e umas vezes a detestava, mas Carmen, você sabe que nessa vida corrida que tinha, o ódio é uma forma de estresse, nunca odiei de verdade, era nervoso.
Lembre-se dos momentos lindos que passamos juntos, lembre-se de cada cômodo de casa, lembre-se das paredes que nos apoiamos, lembre-se do dia da mudança. Carmen, nada faz sentido sem você em casa, qual é seu paradeiro?

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