quarta-feira, 25 de julho de 2012

Qual é o nome da rosa que cerca seu jardim?

Quando eu era menor, eu aprendi a voar e assim, aprendi a entrar em contato com meu próprio mundo, eu voava tão alto alto, já não via mais ninguém e não tinha sequer um sentimento, de volta a Terra tentei dividir esse conhecimento, mas ninguém acreditou: "como uma garotinha tão pequena pode saber voar, e pode ter suas ideias?", eu chorei por muito tempo porque sabia que aquela era sim, minha verdade. Até descobrir que o mundo de certas pessoas é a solidão, e que a verdade de algumas pessoas é o que diz a maioria. Estava sozinha no mundo cinza, e já não tinha como escapar. Navegando pela Lua em um deserto cheio de incertezas, eu respirava o vácuo e comia estrelas, nadava dentro de gases e ainda assim, não havia encontrado ninguém. Tudo é muito bonito fora da realidade dos outros, ainda não sei o que as pessoas conseguem invejar do outro, eu tinha uma beleza tão grande e um mundo tão grande, que nunca parei pra pensar em outros e os outros, ficam tão cheio de gente que esquecem de si mesmos, e de uma realidade própria. Da personalidade do seu ser. Eu tinha pena de pessoas ocupadas com trabalho, eu tinha pena de pessoas que deixavam-se a autoestima depender da opinião cooperativa dos outros. Eu olhava para elas como grandes formigas sem cérebro, a procura de uma razão. Uma busca incessante para o bem profissional, sem nunca parar. E sempre consumindo coisas, para mostrar para outras pessoas - que elas não gostavam -, coisas que elas não eram, mas que gostariam de ser. E se entupindo de remédio toda noite pra dormir, e tomando remédio pra acordar. E o mundo dessas pessoas não eram gigantes, o mundo delas era um infinito. Um infinito que tão capaz de produzir coisas maravilhosas para o mundo, é inutilizado pelo bem de uma só causa, o dinheiro. Então do meu mundo, eu olhava as pessoas lá em baixo, se escravizando, não tendo tempo para mais nada, eu não gostava disso, para mim as pessoas tinham que trabalhar, mas ter mais tempo para seus dons, para sua vida pessoal. E isso não era vida, isso não tinha sentido. A vida é uma arte, demonstrar seus sentimentos e mostrar para os outros os seus dons. Meu dom era ficar sozinha, lá de cima, tendo pena dos empregados sem alma e sem coração.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Não é.


Você diz que a vida é muito curta, pois, para os que sofrem de verdade a vida é muito longa e para meu coração a vida é mais longa ainda. Não há porque agradecer a um ser que nem existe por viver, não é um prazer te conhecer, meu amor. Histórias de milagres hão de ser contadas, espalhadas, aumentadas e despedaçadas, mas por que nunca acontece com quem merece uma prova de que viver é bom? E não é um prazer te conhecer, meu amor. E quanto mais eu conheço, mais me sinto vazia, é como se nada satisfaz é como se nem todo amor do mundo pudesse reparar esse corte, eu não sinto muito por ser assim, na verdade eu só sinto muito por conhecer você.
A vida é um fardo, um sorriso largo de carências e falsidades para suprir um cérebro defeituoso. Esta na biologia, pessoas nascem assim, eu não queria olhar pro espelho e enxergar tudo o que eu vivi. E sabe aquelas expectativas, de pessoas tão amadas? Essas pessoas são um saco de merda, meu amor. E eu não sinto muito por fumar, to torcendo pra essa vida acabar, eu não me sinto mal pela minha desgraça. Eu me sinto muito melhor assim, do que ser ainda mais vazia, "a felicidade é um crediário na merda das Casas Bahia".
E não, não quero ser tudo o que você desejou pro ano novo. Eu quero ser o que te sustenta por um dia, é uma alegria saber das coisas que vamos passar. Eu não quero saber, eu não quero saber. Eu quero mais é que esse sistema se foda pra eu poder dormir melhor... E ainda assim não é um prazer te conhecer, oh meu amor.