domingo, 18 de agosto de 2013

Sinta-me para que possa saber.  Entenda para que possa sentir, sentimento grave esse que vai me percorrer, ideia morta, conscientemente desejando isso para acontecer. Gravemente negando o sentir, sentimentalmente negando te viver .

É


É como correr num mar profundo sem ter onde chegar, como olhar para imensidão e achar que o mundo é limitado, eu sabia onde estava me metendo. Eu juro.
Assim eu afirmava mais um aspecto filosófico, somos semelhantes a deus porque temos vontade, e uma vontade é uma ação. Eu tinha a mesma vontade de Lota de Medeiros, conseguir tudo o que eu quisesse. De certa forma ela estava errada pelo seu egoísmo, assim como eu. 
É estar num trem lotado e chorar por dentro, um ataque de ansiedade predomina na minha atmosfera, eu nunca mais quero ser o que eu sou. Eu não quero ser eu. Eu não quero ser alguém como eu. Eu me rejeito, isso chega a ser engraçado. 
É um luto pela minha dignidade, é sacro e divino, é a luta da sobrevivência, e, mais uma vez nesse semestre, eu quero me apagar e dormir até as causas mais profundas, ou pelo menos chegar no poço. Pisar e dançar no poço, beber a água do poço. E assim me deixar vazar no que resta da minha essência. 
Eu fico enjoada só de pensar que haverá um novo dia. Eu não quero. Eu passo mal, minhas costas ardem, meu sangue pulsa mais rápido e eu não quero acordar. Acordar é sentir que eu fracassei mais uma vez, e que infelizmente ontem não foi meu ultimo dia de vida. É ver que vou de mãos dadas com a perdição. Eu só queria o colo de Sarah para chorar e perceber que isso é mais um ataque da minha mente, doente, fraca. Que brinca comigo.

Eu não vou chorar por você, ou morrer por você. Vou fazer mais nada por ti. Porque sua imbecilidade me nega por você se sentir bem, e se sentir em casa comigo. Eu não vou viver por você, ou sorrir por você. Porque tudo continua me afastando, me colocando de fora. E mais um ciclo acaba.