quarta-feira, 19 de setembro de 2012

i'll make a stand


Dançando sob o céu estrelado, nós dois, vestidos tão assim, formalmente, como se fosse uma festa inesperada, ou um baile à moda antiga. Tocava uma música lenta e você contava com um charme fora do comum, que é tão comum para você, enlaçando os braços em volta de minha cintura e nunca antes fui uma dama tão respeitável, mas, em seus braços, o que não seria respeitável se não a própria figura do amante revoltado?
Era minha saudade do que eu não sabia, esse sentimento de estar em volta de você, cercada pela sua respiração num momento em que o mundo poderia acabar mas, eu tinha perdido a timidez e tinha perdido o medo e nossa, você não morde! Você me olhava como se eu fosse sua pequena garotinha, como se pertence-se a mim em épocas distantes e não refuto esse sentimento, o mais doce sentimento do meu amante revoltado.
Como se nada tivesse dado certo, mas nada realmente importasse, aos olhos da sociedade éramos tão iguais aos bandidos soltos por aí, em uma cobertura e eu nunca me senti tão bem em saltos e em vestidos, você sabia como conduzir a dança e me diga, onde eu me sentiria tão quente e tão fria e tão assustada, e, tão tranquila se não nos braços seus?
Não que isso seja amor, não espero que isso dure eternamente, esta dança, mas sempre me lembrarei de seus olhos negros me levando à treze bilhões de anos luz da terra e minha respiração à vinte mil quilômetros por segundo, e eu nunca pensei que isso fosse acontecer, mas seus olhos estão fechados vindo de encontro ao meu, e eu, não queria fecha-los simplesmente para ver se era verdade o beijo do amante revoltado em meus lábios ansiosos por ter minha única chance de ter você.
Sua mão tão fria e escorregadia quanto a minha, eu posso sentir seu coração quase no mesmo nível que o meu e pra ficar do seu tamanho eu levanto os pés, ponho minhas mãos em sua nuca, puxo a respiração. E o despertador toca.
Eba.