terça-feira, 30 de novembro de 2010

Minha razão II

Eu deixei marcas em você. Ficou toda machucada e sabemos bem porque, eu sei que doeu, mas foi você quem pediu. Outras marcas que eu deixei não foram tão literais, mas de toda forma as mais especiais, agora você me ama, e eu gosto de você.
Acostumou-se comigo do seu lado por cartas, me manda três páginas quase todos os dias, um dia reuni-las-ei em um livro só e vou publicar: as confissões de uma garota desiludida, que contou para os pais o maior segredo de sua vida e que agora sofre as consequências de seus atos.
Sim, você sabe de tudo isso, e sabe que se pudéssemos voltar no tempo e nunca ter conhecido um ao outro, faríamos. Mas como seria minha vida sem você no meu passado? Um pouco mais tranquilo, bem menos intenso, sem aqueles maus pensamentos, e obviamente, sem você, o que seria chato. Então por mais que esse arrependimento chegue a nós, sabemos que isso devia acontecer, eu deveria te ajudar e você deveria sofrer, mas menos do que realmente sofre.
Minha razão, já é a segunda vez que eu te escrevo um texto. Não quero mais escrever sobre nossa história, por isso deixarei aqui uma coisa que caberia bem a você:
“Ouça-me bem amor, preste atenção: o mundo é um moinho. Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões a pó. Preste atenção querida, de cada amor tu herdaras só o cinismo, quando notares estarás à beira do abismo, abismo que cavastes com teus pés.”
Espero que como sempre, dê um jeito de ler o que escrevi e espero que tudo fique tranquilo com você, espero que você tente mais uma vez, e que repense sobre a frase que eu vivo falando pra você.
“O homem é o lobo do homem”

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Libertação

Assim como uma estrela gigante e azul, eu estou brilhando sessenta e cinco vezes mais que o sol, eu sou trezentos e sessenta vezes maior que seu tamanho, mas estou longe desta órbita em meus pensamentos, há uns vinte bilhões de anos luz. E assim como uma pequena estrela vermelha, as pessoas ainda assim conseguem me ver pequena, amarela, frágil e sem poder. Argh.
Onde quero eu chegar com tantas metáforas? Estou bem, estou feliz. E ninguém consegue ver isso, o que não me incomoda muito, mas é o que eu não me acostumo. Porque agora, já faz quatro meses que eu não te vejo. Quatro meses que eu não tenho noticias suas, que eu não ouço sua voz, que não te abraço mais, mas isso não me dói mais como doía; não choro mais como chorava, não penso mais em terminar comigo.
E antes quando as pessoas me diziam que toda aquela tristeza passava, eu achava que elas estavam mentindo, mas não é não. De repente o lugar da tristeza e do egoísmo de te ter aqui comigo foi substituído por um sentimento muito bom de te querer bem, aonde quer que você esteja. Agora entendo que te ter aqui com dor ia ser uma tortura imensa, quando seu espírito era muito maior que qualquer dor que você sentia.
Te amo, muito. Sinto sua falta e... Feliz quatro meses de libertação, minha querida.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tentativa.

Vivendo uma vida de erros, ela me conta tudo de mais horrendo que fez. É mais uma das que acham que por ser quem sou e por ter vivido o que vivi sempre tenho algo a dizer. Mas também sabe que não passo a mão na cabeça de ninguém e que, quando tenho verdades na cabeça as digo sem muito me preocupar com moral. Mas quem sou eu pra poder dar bronca em uma mulher de vinte anos? Você sabe bem o que faz. Não venha deitar no meu colo, querendo piedade. Não sou sua mãe.
É que eu acho que a pior coisa é perceber que ele gosta mesmo de você e que você vira pra mim e fala: “acho que ele vale à pena a tentativa”. E ver você o traindo, e depois se sentindo mal quando ele te chama pelo nome da ex. Acho que a balançinha da justiça não anda muito regulada aí, não é?
Se tu queres justiça, seja justa. Se não gosta dele, não fique iludindo-o. Mesmo que o "lado A" dele seja muito digno (e o "lado B" muito sujo), ele não merece passar por tudo isso sem saber, em menos de um mês de relacionamento, e não merece suas birras quando quem merecia “ouvir” é você.
Seja justa, minha querida.