sábado, 11 de dezembro de 2010

Prazer, Raquel. Igualmente, Raquel.

Corra, se perca, vire para esquerda, se machuque, chore, sofra, tente se matar, morra. Pare, descanse, siga em frente, se recupere, sorria, ame, viva, durma.
Isso é o que chamo atualmente de “eu”, eu, que era tão mais viva, tão melhor, podia ser feliz durante meses, anos! Podia sorrir verdadeiramente sozinha, sem ajuda de nada, via graça nas coisas mais idiotas e, colorido no incolor. Eu que gostava de cada um cada semana, e todos eram o “amor da minha vida”, eu que jamais me atentaria a terminar comigo mesma, onde fui parar?
Não estou na esquina, não estou em Jundiaí, não estou em Jandira, não estou em casa, não estou no ônibus, não to na escola, não estou na Liberdade, muito menos no Paraíso. Minha alma se perdeu, minha essência evaporou, eu sou ranzinza, eu sou sarcástica, eu sou antiquada, eu sou chata, interessante. Eu passo horas escrevendo linhas que nunca publicarei, com nomes falsos, tudo é falso! Meu Deus, onde se viu? Se é feliz, fisicamente, mas mentalmente, um lixo de sentimentos.

“But don't fool yourself she was heartache from the moment that you met her. Oh my heart is frozen still as I try to find the will to forget her somehow, she's out there somewhere now”

O.B.S.: Eu sei que estou me detonando no texto, sei que parece uma coisa absurda, mas não vejo milhões de motivos para me engrandecer. Texto de dezembro, feliz natal! -tá, não vai ser o único.