domingo, 31 de julho de 2011

Espero que você saiba que é do que os meus sonhos são feitos.

Sinceramente eu não sei o porquê de em cada olho que eu olho eu vejo o seu, se eu nunca te vi. Eu não sei o porquê das esquinas parecerem tantas distâncias entre eu e você, e eu não sei como é possível te esquecer, nem que seja por um segundo, eu queria que cada parte do mundo fosse um beijo seu.
Meu veneno, eu corro atrás de ti em desejo e em segredo eu me mostro pra você não me esquecer e em texto eu cito cada oração que o meu coração guarda ansiosamente pra te dizer. Oh meu amor, venha pra baixo das cobertas, vamos nos descobrir e fazer uma festa, denominada ‘até que o eternamente amanheça agora’ porque eu sei que enquanto eu durmo você vai embora pro Brás, me deixará a espera, e nunca mais irá se contentar em  apenas me ver. E eu sei, que o seu cheiro vai ficar no meu travesseiro, já está lá, texto pro amor da minha vida, bastará somente quando eu puder decorar e recitar olhando tua reação.
Meu devaneio, paraíso que veio de tão longe pra mim, me promete que um dia deixaremos de ser assim, amantes correspondente por cartas que desejam tanto se ver. E que o tempo não permite, que pelo mundo não existe nós dois, existe eu e existe você. Oh não, venha cá e me prova o contrario, se não eu choro, se não eu mio, se não eu me corto, se não eu prefiro me abandonar nas cinzas a ter que provar que o mundo ta certo, eu desperto e eu adormeço pensando em cada passo que você dá, nem sei disfarçar que estou em qualquer lugar que você possa estar, que te procuro até quando não devo e que te beijarei pra sempre se você deixar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Noites Brancas - Dostoievski

Eu quase nunca escrevo sobre um livro que eu li, mas dessa vez, me identifiquei tanto que resolvi abrir um espaço para comentar sobre Noites Brancas, um singelo livro de fácil entendimento no qual eu paguei R$8,00.

Noites Brancas começa com o Sonhador, um cara que vive sozinho e que conhece o lugar onde mora e a redondeza com a palma da mão, com sua vida monótona. Num dia, andando num parque viu uma moça chorando e desesperada, a qual tentou ajudar, Nástienhka, ela era praticamente adolescente a principio tinha outra estória pra contar.
Eles começam uma amizade, e o Sonhador acaba tendo uma paixão por Nástienhka, que quebra o coração de todos ao contar sua vida, perdeu os pais cedo e desde então vivia presa - literalmente - à saia da avó cega. Na casa dessa avó tinha um cômodo que eles alugavam, e lá conheceu um rapaz, o qual se tornara o amor de sua vida. O rapaz não pode ficar lá por muito tempo e então se muda, com a promessa de que ele e Nástienhka teriam um futuro sim, e que com ela queria se casar.
Comprometido em ajudar a mais nova amiga, Sonhador corre atrás deste homem, e dá sua carta a ele e na carta havia um horário combinado: às 23h00. E na primeira noite do combinado ele não aparece, nem na segunda e nem na terceira. Cansada e pensando,  Nástienhka vê que o melhor para seu futuro não é esperar por alguém que a ame, já que, o Sonhador estava aos seus pés, lá, esperando por receber seu amor. E ela jura amor eterno a ele, e ele se confessa à ela.
Quando parecia que tudo ia bem, que os dois iam ficar juntos, o rapaz que havia prometido Nástienhka em casamento aparece, atrasado sim, e ela esquece do Sonhador, jura que ele é muito amigo dela e sai correndo com seu amado.
O mundo cai para o Sonhador, que recebe uma carta muito filha da puta de Nástienhka na qual ela se refere a ele como um bom amigo, que ela tentou e que pede desculpas pelo impulso. Resumindo: ele era só um step esse tempo todo para ela.

Agora meus caros, eu fiz o seguinte ao acabar o livro. Pensei que Dostoievski me conhecia e conhecia a triste história do meu primeiro amor e fez esse livro. Oba! Nada como ler tudo o que  você passou na pele de outro. Dostoievski descreve bem como é ser solitário e feito de step pelos outros, a questão aqui é, que Sonhador ainda acaba por deixar de lado, e se contentar em ser amigo da nossa querida Nástienhka que vive a vida feliz ao lado de quem ela sempre quis. Foi uma semana de amor intenso no livro, Nástienhka eu te odeio.

OBS: Desculpa o tamanho do texto, e da imagem, foi a única que eu achei igual a capa.

come a little bit closer.

Posso começar a sentir sua falta, sou um ser humano que padece ao ver o impossível, quando apenas está chegando lá. Mas também posso ignorar tudo que sinto só pra evitar de me machucar. Mesmo que todos os sentimentos sejam acumulados para depois, posso me reinventar e te tornar apenas um sonhos, ou uma coisa a mais.
Minha incapacidade de acreditar me ajuda a sofrer menos, e essas ruas cheias de curvas vão se tornar retilíneas, e meus dias cinza vão continuar cinza, porque ainda não sei a importância das cores. Hoje não temos uma história de amor, teríamos, mas hoje não.
Quando se está na minha cabeça pensa-se duas coisas; uma, o mundo é uma merda; duas, as pessoas não são sinceras e o bônus; você não vale nada. Então por isso cresci me desprendendo do mais bonito e mais singelo que a vida pode dar, e dei minha confiança apenas aos fracos que não podem me machucar, eu posso, mas eles não. Mas pense, qual a autoridade de minha pessoa, para comigo mesmo, se eu sou quem mais quer me exterminar daqui? Se os outros querem me machucar, e o fazem, não tenho como pensar que eles são ruins, já que eu mesmo não quero meu bem. Conclusões feitas à base de saudade.
Saudade essa   que não deveria estar aqui, saudade essa que me faz mal. Saudade que mente, que pega fogo, que arde em sonhos, saudade de querer ligar e fazer conversas inapropriadas. Saudade de você.
Chego ao clímax dessa história tão rápido porque me sinto desesperado, cadê você? Onde estão meus dias? Cadê aquela longa história que eu estava calculando? Você foi a farsa que eu mais queria pra perto de mim, você foi o erro que eu mais precisava cometer, você foi Noites Brancas pra mim, vivemos tão pouco, mas tão intenso e me vi agarrado ao sonho de te ter comigo e agora, do nada, você resolve seguir este coração infiel que tens, só pra se sentir politicamente correta.
Eu preciso saber se você existe pra mim, e você precisa saber que eu existo e que estou aqui. Não sei quanto tempo, mas estou, e não faça isso comigo de novo. Não brinque assim, não sei se confio, não sei o que faço, tenho medos. 
E essa minha escrita que se sente como pluma fica viciada em ter tudo sobre você, todo o meu material. E agora sigo bêbado nos sonhos, porque todos os meus outros amantes não foram capazes de me fazer estremecer ao ponto de gritar ao sol, ao vento e ao tempo que preciso de pelo menos uma palavra direta, um "oi tudo bem".

domingo, 24 de julho de 2011

Tosco.

No mundo onde boquete é igual a rolinho primavera e momentos bons da vida são aqueles 'toscos' presos num banheiro quente de  um hotel desconhecido, te digo; Bom dia!
Não espere mais que isso de uma pessoa sóbria em estado vegetaivo, mas juro, se pudesse voltar no tempo e fazer tudo o que me pediu e mais; fazer o que queria que eu fizesse depois, eu faria! Pois aguarde o nosso terceiro encontro, onde os opostos não serão opostos, mas sim, a mesma sintonia, vibração e controle. Mesmo batimento cardíaco.
Livremente penso que te quero, mais livremente penso ainda que só te quero pra hoje, pra agora e o amanhã muda, e ao lado na cama muda também. Sem intenções de te querer pra sempre do meu lado, ou não, te quero pra sempre com intervalos de meses, e o que mais me encanta é que me queres assim também, Julia.
Julia, me diz, quais são os encantos guardados nessas mãos e nesses olhos castanhos, que teimam em dizer que os meus que são bonitos, Julia, o que te faz implorar por mim? Tens um mundo dentro de sonhos, ideias e filosofias criadas pra si, e mesmo assim, pensa em mim como a grande novidade, o novo rolinho primavera, e se fosse puta, qual seria seu preço? E se eu te quisesse agora, quanto me cobraria? O que iria fazer? Te quero agora.
Veja que cresci, me tornei homem mais feito, agora posso te possuir como bem querer, como bem entendes. Tenho esse ar chato e intelectual porque a vida não é justa com todos, e veja, tens mãos habilidosas em criar batidas, mas, não tem lógica tão avançada ao ponto de me conquistar com poucas palavras, ao ponto de me cativar assim, pra sempre. Sempre me ganha com o tempo, com a balela, ou com uma conversa inteligente, já que acho sua história interessante. Já que acho tudo isso intenso. 
Amanhã lhe esquecerei, mas em breve, quando retornares, estarei mais ansioso que nunca parar tocar-te e sim, carnalizar de fato essa espera. Nossos encontros são barateados por nossas próprias convicções e eu, eu, Julia, ainda posso fechar os olhos e jurar estar sentindo o frescor de sua barba por fazer perto de meu rosto, posso jurar que sinto sua língua invadindo-me a boca, posso jurar que sinto suas mãos viajantes, navegando pelo mar aberto de meu corpo, que como um triste badalar soa a culpa, a culpa de não poder ter mais vezes, o que quero tanto.
O inferno nos aguarda com um pensamento Carpe Diem, mas então que seja eterna nossa estada! Se o inferno for a idealização dos pecados mais cometidos, não vejo nada de errado em estar condenado ao inferno repleto de teu corpo e tuas ideias, Julia. Se o meu inferno se concretiza no seu corpo, o inferno na verdade é meu paraíso, já que ‘o corpo é um parque de diversão’ e que ‘devemos nos divertir de todos os jeitos’, minha putinha barateada, venha. Venha e se divirta em um parque de diversão completo, e sedento. Completamente novo e fresco que arde toda vez que tem vestígios de Julia no ar.
Venha, e faça de mim uma pequena morada. Fique para veraneios, passeios loucos de nossas aventuras pulando os muros, pulando os portões, burlando as regras e todas as leis, que acho tão sem sentido. E um dia, Julia, juro que te entenderei, juro que passarei na sua cabeça não como uma rápida fantasia, mas sim como uma longa jornada.